Maternidade: experiência para toda a vida

Baby blues, eu??? (Mirela com 29 dias de vida)

Sexta-feira, 01 de janeiro de 2010.

O primeiro post do ano. Um post escrito por incentivo do meu marido…

Só para informar, nossa primeira passagem do ano como família: por volta das 21h, jantar providenciado pela minha mãe, cada um comendo na hora que dava; à meia noite, eu, trancada no quarto todo fechado com Mirela dormindo depois de duas horas entre mamar, chorar e ter que tomar complemento, e meu marido na varanda de casa com nossa cadelinha aos máximos latidos, com a porta e janelas da sala fechadas para que Mirela não acordasse com os fogos de artifício. Ossos do ofício de sermos pais…

Agora, vamos ao post…

Não, “baby blues” não são canções de ninar para bebês. “Baby blues” é o que eu chamaria de “grande paradoxo da maternidade”.

Daqui a 2 dias, Mirela completa 1 mês e minha vida mudou completamente, como eu já havia comentado. O grande “quê” da história é que já há um mês, emocionalmente eu não sou mais a mesma de antes. Sei que este é um assunto velado para muitos talvez pelo medo de se expor ou de admitir a condição de ser humano. Por isso, decidi e por incentivo do meu marido, escrever sobre este assunto, para alertar e mostrar que não há nada de errado em demonstrar as nossas fraquezas.

Desde que voltamos da maternidade, adotei uma rotina de dedicação total à Mirela, principalmente preocupada com a questão da amamentação, que era tudo o que eu sonhava conseguir fazer. Nesses primeiros dias, o choro vinha fácil, mas eu tinha certeza que era por conta da emoção do momento, da descoberta do ser mãe e talvez pelo cansaço que muitas vezes me abatia. Mas achei que questão de poucos dias isso passaria. Mas não aconteceu assim…

Para esclarecer logo de cara, Mirela é a paixão da minha vida. Amo minha filha mais do que a mim mesma. Ela é um amor de criança, nos dando tempo para dormir e reconhecendo o que é noite e o que é dia…Não tem nada a haver com ela…A questão é comigo mesma…

Então… Tomada por sensações esquisitas, medos incontroláveis e vontades de chorar sem explicação (sem mesmo?), me peguei pesquisando na internet sobre depressão pós-parto. Foi quando me deparei com o conceito de “baby blues”. Durante a gravidez, jamais me imaginei lendo sobre esses temas, pois desejada como foi nossa filha, eu nunca imaginaria que passaria pelo que estou passando agora.

Comecei a observar que já não era mais normal após 15 dias do parto eu não querer receber ninguém e sequer querer conversar com alguém ou atender ao telefone. A princípio era tudo precaução ou por conta do tempo livre que eu aproveitava para descansar. Mas comecei a perceber que estava mesmo me isolando. Mesmo vindo aqui de vez em quando escrever ou no orkut colocar fotos da nossa bonequinha. Por mim, eu entrava como fantasma pra não saberem que eu estava varejando na internet. Mas precisava fazer algo que gosto em nome da minha sanidade mental.

As únicas vezes que saí de casa em 1 mês foram nas consultas de Mirela com 1 semana de vida e com 11 dias, quando ela fez o teste do ouvidinho e do olhinho. Ou seja, fazem 17 dias que estou enfurnada dentro de casa, sem querer sair. Tudo porque me estresso só de pensar em como será a tal saída. Que horas sair? Que horas devo dar banho na Mirela? Que horas eu devo me arrumar? Como vai ser se ela quiser mamar na rua? E se ela acordar chorando e não parar de chorar com nada? Posso parecer maluca, mas é exatemente o que penso. E é que nem tenho más referências das duas saídas que fizemos aos médicos, porque na verdade, Mirela dormiu o tempo todo, menos na consulta na pediatra que teve que examiná-la toda. E nas duas vezes eu dei peito pra ela e não houve nenhum problema… Então o que há de errado? Mais uma vez repito: o problema não é com ela, é comigo.

Li que, a grande maioria das mulheres que tem filhos passam por depressão pós-parto em algum grau. A questão é: muitas não identificam; outras tantas não admitem; outras não compartilham, diferente do que eu estou fazendo. A depressão pós-parto da pesada envolve inclusive sentimentos ruins sobre o bebê, o que não é o meu caso. O “baby blues” é uma condição mais leve de depressão, um estado de melancolia constante, causado pela variação hormonal após a gestação. Ambos podem durar por muito tempo, bem mais do que o 1 mês pelo qual estou passando… A história é tão séria que existem antidepressivos que podem ser usados por mulheres amamentando. Alguns médicos, adotam o protocolo de administrar progesterona à paciente após o parto para evitar a drástica oscilação hormonal.

A primeira vez que percebi que estava “out of control” foi no dia que eu já relatei em que tive que dar complemento para Mirela, após várias tentativas de parar a fome dela só com o peito. Chorei o dia inteiro e, no desespero, liguei para a pediatra que logo identificou meu estado depressivo. Ela me informou que no estado emocional que eu estava, a nenê estava percebendo e ficando estressada também e que aquilo estava inclusive compromentendo minha produção de leite. Dadas as duas mamadeiras de Nan neste dia, passei a noite chorando, inconformada e revendo o quanto eu estava mesmo “baixo astral”.

Todos os dias tenho pedido a Deus que tire de mim todo o sentimento de angústia, de incapacidade, de negativismo, de cansaço…Ele tem me ajudado a superar os momentos mais difíceis, mas esta é uma questão fisiológica e, provavelmente, uma situação pela qual eu tenho que passar e superar. Estou tentando aceitar isso com resiliência, aguardando o momento em que tudo se resolva, passe e enfim eu possa curtir de fato este momento que estou vivendo.

Meu marido tem sido um guerreiro ao meu lado. Estamos nos virando sozinhos. Durante o dia ele faz o que pode para me ajudar, inclusive me mandando tomar banho, comer, descansar, cuidar de mim. A noite é minha, pois Mirela só acorda ao meu chamado por volta de 3h da manhã para a mamada da madrugada, e isto não tem a ver com ele…então fica a meu cargo mesmo. Mas só ontem, no auge do meu descontrole emocional (ontem eu estava particularmente sensível), é que conversamos abertamente sobre o assunto, apesar de que ele já tinha “diagnosticado” o quadro bem antes disso…

E quem passa por este quadro? Amigos, não sei… Desejar o bebê parece não ter nada a ver, pois Mirela foi desejada mais do que tudo nesta vida… Não coloquem Deus no meio disto também, pois se fosse assim não haveria doenças no mundo. Ter tido depressão anteriormente também não é o meu caso. Só me resta acreditar mesmo na questão hormonal, fisiológica. Mas talvez algo em mim tenha me deixado mais susceptível a isto: a minha cobrança comigo mesma de que tudo seja perfeito e esteja sob meu controle (sempre fui assim na vida!)…

Segunda-feira, dia 04, tenho enfim meu retorno à G.O. após a cirurgia, visto que como eu não levei pontos externos na cesárea, não precisei retornar lá antes de 30 dias. Claro que este assunto vai estar em pauta, mas estou certa de que não irei querer tomar medicamentos. Vou em frente, tentando superar de uma forma natural e procurando reconhecer os meus limites. Sei que depois disso, minha filha sentirá ainda mais todo o amor que sinto por ela e que toda a preocupação que tenho neste momento é porque a amo muito e porque não quero que nada saia errado.

Bem, é isso… O assunto é duro para um primeiro dia de ano, mas acho que estou bem mais aliviada em contar o que estou sentindo. E que isto sirva de alerta para outras mamães que sentiram, sentirão ou estão sentindo isto. Não é nada com nossos bebê, gente! Nós os amamos muito! Se abram, conversem, desabafem e não escondam o que sentem. Talvez assim esse estado emocional passageiro vá logo embora. E peçam a Deus forças para superar esta fase, isto é muito importante!

Que o Senhor esteja conosco durante este ano, nos dando paz e alegrias!

19 comments

  1. Meu amor… tenho orgulho de ser seu marido. Começar o ano com um depoimento desses não é nada fácil. Admitir que é de carne e osso, que tem problemas, que nada é perfeito em nossas vidas… é realmente super-humano. Acho que o mais importante disso você já fez que é identificar o problema, assumir, se abrir e conversar sobre o assunto.
    Muitas mulheres passam por isso e muito maridos, familiares e até amigos tratam como se fosse uma “frescura” – estão completamente enganados.

    Queria que você soubesse que estou aqui do seu lado, te apoiando e sei o quanto você está sendo mãe para a nossa pequena, sempre preocupada, tratando dela com muito amor e carinho que as vezes acaba se esquecendo de você mesma. Esta é uma fase de tempestade, mas a chuva vai passar e o sol irá se abrir – O MELHOR DE DEUS AINDA ESTÁ POR VIR.

    Te amo muito!

  2. Aline Bretas /

    Tati, parabens e gracas a Deus que conseguiu reconhecer e adimitir este problema! o primeiro passo pra cura eh adimitir, reconhecer!
    Deus sabe de todas as coisas, confie NEle que isso vai passar! nao se prenda nos motivos que levaram a isso, foca na cura que ela vem!!!!! vou estar orando por voce! beijos!

  3. maninha, o primeiro passo vc já deu, perceber sua limitação e buscar sair dela…quando temos consciência e admitimos as nossas limitacoes fica mais fácil vencê-las!! vc vai superar tudo isso mais rápido do q vc imagina!!
    estou com vc para o q precisar, mesmo longe…estarei orando por vc!!
    amo vc!
    bjus

  4. Parabéns Tati!!É isso aí, o primeiro passo você já deu assumindo o que está sentindo e se abrindo, tenho certeza que só o fato de falar ou escrever já deve ter ajudado muito você, não é? Que Deus continue te dando força. Sabia que de vez em quando fico me policiando também, pensando assim: daqui á pouco tem alguém novo aqui em casa, será que darei conta, saberei como fazer? como ir trabalhar depois de deixar um bebê, efim esses medos, porque somos humanos mesmo, mas Deus é maior e vai providenciando todas as coisas…grande beijo pra vcs!!!

  5. Ana Kelly /

    amiga, foi desse mesmo jeito que me senti também…mais pode ter certeza que isso passa…
    tinha medo de sair com o Arthur , dele chorar e eu não saber o que fazer…até hj me pego chorando,as vezes por axar que não vou saber criar meu filho, as vezes de felicidade, muita loukura né?!e comigo ainda foi pior, com 2 meses tive que parar a amamentação, tenho psoriase, e ja estava há 11 meses sem os medicamentos, meu corpo ta coberto de lesões da psoriase, ai resolvi voltar o dermato e começar c as medicações orais,m q são fortissimas , entao tive que parar de dar o peito…tu tem noção como eu me sinto até hj?! escrevendo agora ja to xorando, morro de pena de não ter como dar de mamar ao meu filho, mais encho ele de carinho e amor p compensar a falta do peito….mais é isso, tenha paciência e a profissão de Mãe é difícil mesmo…bjussssssssss, fika c Deus…

  6. Tati, eu realmente acredito que falar sobre o assunto é mesmo importante e ajuda a superar essa fase difícil. Amiga, como te falei, os primeiros dias com a Beatriz não foram fáceis, eu tentei te “avisar” falando várias vezes enquanto vc estava gravida ainda que nem tudo são flores no ínício. Os melhores momentos da minha vida vieram junto com sentimentos ambiguos, esquisitos mesmos, sensação de impotência e MEDO, muito MEDO, devido aos hormônios, as mudanças drásticas, ao cansaço e stress normais do momento. Tudo isso se misturou ao amor maior do mundo que conheci quando olhei pela primeira vez o rostinho da Beatriz. Não foi nada fácil. Eu também me senti muito melancólica, impotente, tive minhas crises de choro e desespero com a frustação de não conseguir amamentar. Como vc tb, esperei e me preparei muito pra chegada da Beatriz. Na verdade, eu acredito que a grande expectativa que a gente criou em torno da maternidade pode ter contribuído pra nos sentirmos assim. A saudades da gravidez e do barrigão lindo do qual eu morria de orgulho tb pesou, no meu caso. Também optei por não tomar medicamento (mas não sou contra, absolutamente), pois depois de ler sobre o assunto vi que tudo isso é normal e até comum, e iria passar naturalmente. E passou. O que me fez melhorar foi sair um pouco de casa com e sem a Beatriz, seja pra casa da vovó dela ou na padaria aqui do lado (o sling é ótimo pra isso!), cuidar um pouco mais de mim e conversar com pessoas sobre vários assuntos além da maternidade, pra desopilar mesmo. Portanto, como já te falei por telefone, não se preocupe, jaja isso passa como num passe de mágica, e vc vai poder curtir melhor ainda os dias ao lado da sua princesinha Mirela. Assim que puder apareço ai pra visitar vocês, tou roxa de saudades! Vai ter festinha amanhã??? Beijão!!! Amo vocês! Conte comigo sempreeeee!!!

  7. Tati,

    primeiramente, estarei em oracao por ti! Que o Senhor te de forcas para continuar a caminhada de cura do “baby blues”, a cura comeca com o reconhecimento, logo vamos ter fe e orar para que teus hormonios voltem ao normal em breve!

    segundo, agradeco imensamente por compartilhares aqui o que estais passando, porque de fato eh um assunto que nem tinha lido nada, pois tenho curtido muito todo o processo da chegada de Luisa e nem pensava no depois… eh extremamente valido lembrar que essas coisas acontecem e que nao somos anormais por passarmos por isso, teu post foi muito esclarecedor e abencoador!

    Fica em paz, abraco caloroso do hemisferio norte!

  8. Aline Bretas /

    ai Tati fico feliz que de ontem pra hoje as coisas melhoraram!!!!!!!! eh Deus!!!!!!
    bom, o Theo nao tem chupeta vermelha nao rs….. nem gosta muito de chupeta, as vezes luto pra ele pegar e acalmar mais rapido rs…. sou doida pra conhecer Fortaleza, e ja pensei varias vezes em ir ai pra conhecer Mirela! quem sabe neste ano!?!! saia mesmo que forcada, vc vai se distrair e vai ajudar a passar essa mare logo!!! beijos!

  9. Oi Tati!
    Em primeiro lugar, que 2010 seja um ano tão abençoado quanto o que passou!! Harmonia e muito amor em nossos lares!! Muita saúde para nossas princesas e nós!!
    Sobre o post, o mais difícil vc já fez: que é assumir que há algo interferindo no seu comportamento, agora é vigiar-se! Todo mundo conta sua experiência (eu mesmo tenho a minha de MEGA ORGULHOSA) e dá conselhos, mas o melhor sem dúvida é você não deixar de ser A TATIANA para ser SOMENTE A MÃE DA MIRELA, há o ponto de equilíbrio sim, é possível ser as duas coisas e mais todos os outros papéis que você desempenha em sua vida! Você consegue, tenho certeza!! Vai ficar tudo bem… mesmooooo! Sempre fica!!
    Um super beijo para ti e naquela bochechona rosada da Mirela!!
    Mi

  10. Tati,

    Vou te enviar um e-mail sobre o assunto.

    Bjs Feliz ano novo e repito o que o seu marido disse: O MELHOR DE DEUS AINDA ESTÁ POR VIR.

    Bjs com amor!

  11. Tati saudades de vc, com certeza vc vai superar de letra e acho super normal esses sentimentos diante de tantas mudanças….eu estou com 32 semanas e não paro de pensar no parto no depois….aiai tenho que ficar calma, acabei de ler seus textos sobre o parto quero ficar igual a vc, beijos pra vcs….

  12. Lenice de Mello Barbosa /

    Tati, acabei de ler quase todo o seu blog hoje e simplesmente me apaixonei pela sua história! Que Deus ilumine sempre você e sua família!!! Tenha certeza de que superará este momento difícil pelo qual está passando, viu?

    Tenho um filho de 3 anos e na minha licença-maternidade, longe da correria do meu trabalho como Analista de RH das 7:30 às 17:30 e estudante de Psicologia das 19:00 às 22:30, fiquei meio pirada também, pela ociosidade vivida naquele momento da minha vida. Meu filho era muito bonzinho, dormia super-bem e eu ficava em casa sozinha, sem atividade, e isso também me trouxe uma tristeza muito grande. Apesar de, é claro, AMAR, AMAR E AMAR mais que tudo meu filho, me sentia estranha, meio que inútil, não sei se você me entende…

    Grande beijo!!!!!!
    Desejo tudo de bom pra essa princesinha linda e pra familia toda!

    Lenice

  13. Oi,tati!! realmente foi mto boa a ideia de vc compartilhar o q está passando aqui!! tanto pra vc qnto pra nós, futuras mamães!! mto obrigada!! q Deus te abençoe, te dê forças e te guie nesse momento!! super bjo!

  14. Vitor Casimiro /

    A minha esposa teve uma gravidez recente e, publicamente, tudo correu bem. Mas no momento de maior preocupação, nós recorremos a uma enfermeira duas ou três vezes por semana, durante o dia, e tivemos duas consultas com a chefe do banco de leite do Hospital Geral. Essa cobrança por amamentar ou de qualquer outra coisa que se encaixe no conceito de perfeição, me parece ser a raiz dos problemas. Em privado, nós comentávamos que ninguém admite os percalços da maternidade que esse é um tema tabu. Você teve uma atitude corajosa, bem aa altura do que você é. Sempre que precisar procure ajuda especializada, com o apoio da família e das amigas. Mas continue tomando sua decisões mais importantes ouvindo sua consciência e não a “interferência”. O caminho do coração é sábio.

  15. Linda Tati, fico muito feliz em poder compartilhar da sua história, que é tão bonita, apesar das dificuldades, afinal somos seres humanos e temos limites… o bom de tudo isso é saber admitir o que sentimos, de forma a procurar amenizar, refletir e superar as dificuldades… Sabe que mesmo não tendo ainda passado por isso, sempre imagino como sentirei porque eu tenho um pouco disso de querer abraçar o mundo, cuidar de tudo sozinha, do meu jeito, me desesperar quando alguém que amo está se sentindo infeliz, aliás eu sofro demais pelos outros e esse é um desejo grande de mudar em 2010, embora eu tenha a sensação que só estou feliz, se todos a minha volta estiverem felizes também, e sei que isso é impossível, afinal cada qual tem uma missão enviada por Deus, e muitas vezes o sofrimento faz parte dela… Nossa chega, olha só eu falando de mim, quando me dediquei a comentar o seu post. Enfim, acho que no momento a palavra superação cai perfeitamente em você… no final tudo dá certo!!! Beijossssss

  16. Olá, estava pesquisando sobre o assunto e encontrei este seu depoimento. Estava pesquisando porque pretendo fazer meu TCC em cima disso, pois também passei por este sentimento meio confuso no ano passado em junho quando tive meu bebê, e como estudante de psico sabia exatamente o que estava acontecendo comigo e mesmo assim não conseguia me controlar, pensei que estava enlouquecendo, sentia medos absurdos de que meu casamento pudesse acabar por eu estar daquele jeito e meu marido sem saber o que fazer, tinha medo de perder meu filho, enfim… tudo parecido com o que vc passou, mas o meu durou cerca de uma semana eu acho, iniciando uns 2 dias após o nascimento dele.Dividir e reconhecer é a melhor forma de superarmos qualquer adversidade. Tudo de bom pra vc e sua família!
    Um abraço!!!

  17. Cristiane /

    Olá! Estava pesquisando no site e-familynet e achei o endereço do seu blog. Eu sempre olho este site pq sou mãe de primeira viagem, meu bebê está com 19 dias e sempre quero ler sobre a maternidade para aprender. Eu me identifiquei mto com o seu depoimento. Depois que o Paulo nasceu, eu não quero sair do quarto, moro com minha sogra mas ela quase não o vê. Eu fico com ele no quarto e não saio para nada, as vezes levo ele para a sala qndo venho aqui na net, mas isso é de madrugada. Não tenho vontade de receber ninguém estou anti social. Meu marido me ajuda muito, mas estou sempre me achando uma péssima mãe. Não sei que horas dou banho, se estou cuidando direito, e ainda mais meu bico é plano e ele ainda não consegue mamar, estou tirando com uma bambinha e dando para ele. Dou também um complemento, me sinto péssima, um lixo, um nada. Sempre quis ser mãe e agora estou desse jeito, tem dias em que não quero nem sair da cama. Eu cuido dele e deito de novo. Ainda mais que eu e meu marido estamos desempregados, fico ainda pior. Não falo isso com ninguém por vergonha, sei que irão dizer que é frescura. Eu me sinto pior quando lembro do dia do parto, eu queria normal, mas o médico disse que se esperasse poderia sacrificar muito o bebê e eu não quis arriscar, acabei fazendo cesária. Fiquei frustada e me sentindo culpada, só de pensar me dá vontade de chorar. Sei lá, gostei muito do que li. Parabéns pela sua coragem em relatar isso, eu acabei invadindo o seu espaço. Vou me espelhar em vc para melhorar. Felicidades para vc e sua família! Que Deus continue abençoando vcs! Desculpe pela invasão. Bjs

  18. tati,
    nao te conheco, mas compartilho seu sentimento. sou mae da Isabela, de 1 mes e meio e sei bem o que sao os baby blues. espero que vc esteja melhor, assim como espero melhorar também. se cobre menos e prometo que farei o mesmo por mim. por nossas joias preciosas. a maioria das minhas amigas passou por isso tb. admiro sua coragem. parabens, isso so demonstra que vc sera uma mae maravilhosa!
    abs,
    rachel

  19. Tatiana, eu não te conheço mas ando tendo maus momentos nessa fase de baby blues. Foi bom ler seu depoimento e saber que nao sou a unica a me sentir assim. Meu baby está com 2 meses e ainda não passou … Quero muito melhorar e voltar a ser a mesma pessoa de antes. Quanto tempo demorou pra vc melhorar? Me mande notícias!
    Tudo de bom para vc e sua filhota!
    Bjs, Juliana

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