Maternidade: experiência para toda a vida

E o Oscar vai para…

E o Oscar vai para…

mai 3, 2012

… Mirela, por sua atuação no filme “Por favor, olhem para mim!”


Gente, minha menina é uma mini atriz!

Ela está numa fase que quer chamar a atenção para si, mesmo que isso signifique atrapalhar nossas conversas ao telefone, nossos diálogos em familia ou nos impedir de usar o smartphone ou o laptop.

A moda dela é nos deixar de coração mole, nos chamando por diminutivos. Se saio de perto dela porque tenho que resolver algo pelo computador, ela começa: “mamãeeeee, MAMÃEZINHAAAA!”  Se o pai vai para o escritorio trabalhar, lá vai ela procurando-o: “papaiiiiiii, PAPAIZINHOOOOO!” Outro dia, estávamos num sitio e minha irmã saiu na frente com os filhos em direção ao galinheiro e não esperou por nós; Mirela apelou: “titia, TITIAZINHAAAA!” Quem é que resite a esses chamados tão carinhosos? Claro que ela já percebeu que com este apelo dramático as atenções se voltam para ela…

A outra modalidade de interpretação menos agradável é o famoso “grito”. Estamos conversando à mesa, ou no carro, eu e o pai, e ela começa a falar bem alto qualquer coisa, para atrapalhar a conversa. O que fazemos? A principio, dá vontade de desistir da conversa, mas temos procurado não dar cabimento aos apelos e continuamos conversando por algum tempo, também elevando o nível da voz, até que um dos dois desiste e diz: ” ah, deixa pra gente conversar depois!”  Hein, como assim?  Depois, quando???

As vezes conversamos e damos atenção a ela ao mesmo tempo. Aí a conversa vira samba de crioulo doido: “ah, hoje caminhei… peraí, Mirela, segura a xícara!…caminhei na pracinha…não disse que você ía derramar o leite! …e encontrei…quer mais pão?…minha amiga que não via!… filha, você já passou a margarina!…tsctsctsctsc… E o ser ouvinte fica assim, meio sem saber o que fazer, se espera eu concluir a frase, se me ajuda a concluí-la, se distrai Mirela enquanto eu falo o que quero, ou se levanta e vai embora. Afe!

E inventa outras artimanhas: nos chama para dançar, para pular, ou diz “vem, vem comigo!” E é insistente, meirmão! rsrsrsrsrsrsr

A modalidade “jogar-se no chão” foi incorporada ao seu portfolio de atriz recentemente. Por enquanto, só atuou em casa mesmo. Ainda não ousou demonstrar sua capacidade de interpretação nos palcos de supermercados e lojas, como a maioria dos atores mirins. Nossa postura tem sido de ignorar o fato. Se é contrariada, ela tipo finge que caiu no chão e diz: “ops, caiu!” Aí a gente diz: “ah, caiu? levanta!” E não dá mais bola. Ou se joga no chão sentada e bate as pernas no chão. O que fazemos? Lançamos um olhar de reprovação, não falamos nada e simplesmente ligamos o “to ignore”. Em segundos a pequena atriz se arrepende da atuação, estende os bracinhos e diz: “vem, mamãe, vem!”. Nessa hora de rendição, eu a seguro nos braços e digo o que não poderia ser feito. Daí em diante, o drama acaba. E ela até desconversa, acredita?

Ah, e tem a tentativa de suborno! Quando está prestes a levar uma bronca por ter, por exemplo, subido na janela, ela faz um bico e diz: “um beijo!”. E tem também o apelo a terceiros: quando eu não a deixo fazer algo, ela corre para o pai, chorosa, tipo pedindo que ele a autorize, e aí eu solto a frase que eu jamais imaginei falar tão cedo: “e não adianta pedir ao seu pai!”

Gente! Tão pequena e tão astuta! Com quem aprende essas coisas, hein? Deve estar frequentando umas aulas de interpretação…Talvez na escola, hum?

One comment

  1. aHHH Tati…. obrigada pelas dicas… A Rafaela tão pequena e já é tb uma ótima atriz… Temos ignorado aqui em casa também, e ela adora jogar o que tem nas mãos no chão, e eu calmamente, pego na mão dela e digo: pega do chão e da para a mamãe, e ela mesmo chorando obedece e logo vem para o colinho manhosa. Não é fácil não, mas faz parte!!! beijo grande.

Leave a Reply